"O maior cego é aquele que não quer ver"

Como por exemplo,

acharmos que somos muito mais inteligentes do que a pessoa que criou este provérvio!

Ir à missa e não estender a mão ao outro;

criticar mas nunca mudar;

falar de igualdade e practicar o racismo;

falar de tolerância e impôr pontos de vista;

falar do mal dos outros...falar do bem sem vermos o nosso próprio mal






Quantas vezes teremos verdadeiramente olhado para dentro de nós e confrontado o nosso eu!Quantas vezes questionamos se a nossa "política" será realmente melhor do que a dos outros quando practicada.
Sempre que penso nisso, sinto-me cada vez mais imperfeita e, talvez por isso mesmo,cada vez mais capaz e com mais vontade de contribuir para um Mundo melhor...
a totalidade de cada um dos nossos gestos diários representa muito mais do que algum dia possámos pensar

Merlin...toda a verdade!!

Para quem não sabe, Merlin é o meio cidadão da studiocracia. Merlin Kusturika é o seu nome completo. Nasceu na praia de Faro e eu adoptei-o ainda antes de ter nascido.
É um facto que o Merlin, desde muito pequeno, nunca foi igual aos outros. Demasiadamente agitado, excessivamente brincalhão e com fortes tendências psicopatas (atacar pés, pernas, costas e cigarros quando menos esperado).
No entanto, eu sempre desconfiei que quando dexava o Merlin sozinho algo de estranho se passava, algo que, decerto, o tinha de perturbar muito para justificar tais comportamentos...
e agora, finalmente, agora descobri que as minhas suspeitas não eram infundadas!
Vejam bem!!!!!!!!!












Pobre gatinho...

Dias difíceis!!

Hoje concondei com o Cris,mais uma vez, quando disse que em cada mês temos pelo 2 dias maus.
Ontem a minha querida amigdalite decidiu fazer-me uma visita, acompanhada de um bruta indigestão, regada com uma bela dor de cabeça.
Hoje tudo duplicou e para completar virei o melhor café de Paris, sujei a roupa toda, queria oferecer o meu cartão de estudante ao senhor que vendia as senhas, adormeci no consulado e comecei-me a babar...decadente.
Tudo antes de encontrar o caro profesor Reia que veio de tão longe para me encontar num daqueles dias!!!!!!
Apesar de tudo, o encontro correu bastante bem, foi muito bom rever o nosso mestre preferido, ouvir as suas sábias palavras e em duas horas conhecer um outro lado de Paris.

http://pariserasmus.blogspot.com

Este é o blog para quem deseja conhecer um outro lado dos erasmus em Paris! Aconselho vivamente, eles são dois...e meio, a partilhar um estudio e muito mais.
Vão ver que é giro

O câncro existe, mesmo a sério

A noite passada o André deixou-nos. Era meu primo, tinha 26 anos e um câncro nos testículos.
A saúde é o que de melhor podemos desejar.
Por isso há quem ria e quem goze,mas hoje,infelizmente, tenho mais uma razão para comer as 12 passas e repetir "saúde", para todos´, com isso podemos ir até à Lua... se quisermos, ou, simplesmente, sermos felizes

Um Bocadinho de Paris, um bocadinho de um dia

La Maison de Balzac

Desde que aqui cheguei desejo encontar a casa de Balzac e hoje, sem esperar, encontrei-a. Estava tão perto de mim, da "minha rua", do "meu café", da "minha padaria".
Ao entrar um arrepio...afinal trata-se do grande Honoré Balzac (1788-1850)! O sítio onde escreveu, durante semanas a fios, 19 horas por dia, a famosa "LA COMÉDIE HUMAINE",a sua última obra, que mais tarde viria a dar origem à "Divina Comédia", de Dante.
Falando de "SCÈNES DE LA VIE PRIVÉE", outra das suas famosas obras, Balzac escreveu a sua última obra e viveu a sua última paixão aqui, na rue de Passy! Morreu 5 meses depois de se tar casado com a sua musa, Hanska!Balzac escreveu um total de 400 a esta Mme ("LETTRES À MME HANSKA", "CORRESPONDANCE"), que não hesitou a casar com este depois de ter ficado viúva. Evidentemente que esta trágica hostória ficou para a vida e é razãp para dizer coitada da senhora que passa de viúva a viúva. Mas enquanto escrevia a sua última obra, balzac, homem de forte porte, escrevia à sua amada dizendo que trabalha entre 19 e 20 horas por dia e que a sua fonte de inspiração eram os litros de café que bebia, admitindo que, por vezes, nem tempo tinha para se lavar...outra coisa não se poderia esperar que não uma morte precoce.
Felizmente que as suas obras perduram, uma verdadeira herança viva e intemporal, obrigado, um verdadeiro regalo...
Onde andarão os Balzac´s de hoje...

Ao Sin-Cera!!

O Sin-Cera é o grupo de teatro da Universidade do Algarve e conta já com treze anos de existência.
Ontem foi re-estreia da sua última produção: "Navio de Espelhos".
Fui "obrigada" a abandonar este "Navio de Espelhos", mas é com orgulho que o vejo partir para novos horizontes, com novos passageiros, com uma nova "Isabela"...
Força meus queridos, não deixem este navio afundar e que as novas mascotes do Sin-Cera continuem a lutar e a acreditar que vale a pena, porque vale... e olhem que já lá vão treze anos!

"Navio de Espelhos"

(2005)

Futebol:contextualizador cultural ou fast-food??!

Em conversa com homens fui surpreendida relativamente ao assunto futebol. Eram dois e ambos admitiram que o futebol não passa de 22 gajos a correr atrás de uma bola, que só vêm e apreciam porque toda a gente vê, ou seja funciona como regulador social, Esta era a surpresa A) agradeço comentários!
B) trocavam qualquer jogo de futebol, QualQUER UM, por um ídolo musical!!!fantástico.No entanto acredito que isto não funciona assim com todos os adeptos e, sem querer ser má, principalmente com os benfiquistas. Agradeço mais comentários

Para ACORDAR...

...Um pouco de verdade

«Vivemos num Mundo fechado e mesquinho.
Não sentimos o mundo em que vivemos, tal como não sentimos a roupa que trazemos vestida.
Voamos pelo Mundo como as personagens de Júlio Verne através do espaço cósmico no ventre de um raio. Mas o nosso raio não tem janelas.
Os pitagóricos afirmavam que não ouvimos a música das esferas porque toca incessantemente. Aqueles que vivem perto do mar não ouvem o rumor das ondas, MAS NÓS NEM SEQUER OUVIMOS AS PALAVRAS QUE PRONUNCIAMOS. Falamos uma miserável linguagem de palavras. OLHAMO-NOS NA CARA E NÃO NOS VEMOS.
As imagens não são janelas que dão para outro Mundo, são objectos do nosso mundo.»

Victor Sklovski

Literatura e Cinema, 1923

são os olhos e a mente de quem filma, são o ponto de vista de alguém para uma realidade, acrescentaria eu

Grande, grande e...claro...tão pequeno

Pierre é um jovem parisiense com o qual falei uma única vez em Faro. É fácil advinhar que é agora, aqui em Paris, que o venho a conhecer melhor! Não que não tenha havido uma empatia imediata. Ele era um voluntário, um "purificador", digamos assim, que, como eu, acredita que podemos transformar o Mundo num sítio melhor. Trocamos mails naquele dia e voilá, eis que me encontro em Paris.
Pierre continua a ser um voluntário, agora "a sério". Há quem assuma um compromisso perante Deus e Pierre assumiu um compromisso perante os excluídos. Hoje está em Paris, mas daqui a um mês estará sabe-se lá onde.
Sabe tão bem um abraço amigo daqueles que se conhecerão sempre, sem terem de se conhecer. verificar uma vez mais que tudo é tão pequeno e que falta...falta fazemos em todo o lado.

Vontade de não sei o quê?!

I

Acordo muitas vezes com vontade de muita coisa, o que geralmente simplifico chamando-lhe "vontade de não sei o quê", isto porque, quando é assim não me consigo decidir por nada!
Com tanta coisa, uma greve de transportes públicos e pouca vontade de fazer mais 15 kilómetros a pé, decidi oferecer um almoço a mim mesma. O lugar era simpático, tinha pouca gente, o que me atraiu de imediato. Era um misto de oriental com espanhol-não tem explicação. Até falavam inglês, melhor não poderia ter sido.

II

Cada vez mais me sinto a transmutar. uma metamorfose parecida com a mudança da larva para a borboleta. Não que queira aqui falar de beleza, apenas de gestações, máscaras, estereótipos, maturações, saturações, "raças", personalidades, nacionalidades, enfim... tudo um pouco que é de referir quando se referem seres humanos, seres sociais e societais.

Um corpo nú, disposto e predisposto a actuar conforme o meio, cada vez mais liberto de educações facistas, racistas e aculturais. sentindo, mais e mais, o "corpo nú" de cada um, o que está por trás de cada máscara societal.

III

A vontade de lutar pela igualdade vai-se tornando, assim, maior

humm...gelado de côco, baunilha com canela e... chocolate branco!

Mas umas vezes a certeza é caminhar sempre. Parar tempos onde fôr preciso e lutar!

(Estás aí? Sinto a tua falta)

Outras vezes tudo parece grande demais.

IV

(Quero ir contigo!)

Acordo, levanto-me,

deito-me - Para quê?!

Acordo, deito-me,

levanto-me - Para quê?!

Levanto-me, acordo,

... Para quê?

Deito-me...

From Paris with Love

17 de Setembro, 2005
Duas horas, quinze minutos, 45 segundos e voilá... chegamos a Paris!

Francês, franceses e francesas... je n´cromprend pa... madame... s´il vous plait... la direction pour!!??... desolé mademoiselle!

tudo parece ser um desafio quando se quer comunicar, desesperadamente.
Linguas e linguagens, para comunicologos, como eu, tipo sumólicos, que anseiam ardentemente comunicar- mas não a nível intrapessoal mas sim interpessoal- parece que de repente vemos o nosso universo comunicativo cerrado para obras
"é favor voltar noutra altura"

- allô! Christian ça vá?!Então quando é que chegas?
- Sexta, tranquila!
- Tens que me dar aulas... de francês!
-...


Sem nunca me fechar em casa, andei, andei e voilá a famosa torre...aquela, vocês sabem!
Lindo, lindo, lindo! tudo é maravilhosamente maravilhoso...

O Mundo continua a não ter fronteiras, mesmo a linguística, tudo é ultrapassado pela beleza dos seres, da história e da magnitude de cada pedra e da natureza que nos rodeia.

Estarei sempre aí e aqui, lá e noutro sítio... mas estarei sempre, contigo e ...contigo