sexta-feira, julho 10, 2009

Imagens que ficam

Esperamos, sorrimos...
Apertava-nos o coração só de estarmos

Tocavamo-nos ao de leve
ou abraçavamo-nos com intensidade

uma noite
dançamos com as estrelas
e o nevoeiro era a nossa cortina

de nós só o paraíso podia advir

Beijámo-nos, amámo-nos
como deuses
como animais

O limite era o céu
e o mínimo o olhar de rubis

Exigimos, desonfiamos
como selvagens, cheios de razão
como se o amanha estivesse ali,
sempre, para sempre

e tudo o que criamos desfaleceu
tudo o que tocamos...

e o amor acabou
num caixote do lixo,
com um saco preto