segunda-feira, outubro 29, 2012

Vidas

Noutras vidas vivi em lugares distintos, distintos por serem únicos e serem únicos porque eram diferentes daquele em que habito, nesta vida. Era outra vida, estou certa Mas eu, eu vivi ali e em modo de estranha familieridade pisei de novo aquelas pedras, recortadas que gemem a cada passo que dou, quase parecem sorrisos (falsos Durante muito tempo acho que as carreguei a todas, estavam nas minhas costas num daqueles cestos de verga e deixavam marcas na minha pele, às vezes sangrava, muitas vezes, eram mais lágrimas como pedras de sal grosso Olhei aquele céu. "Eu já vivi aqui?" O céu é das poucas coisas que me fascina, tem é a vantagem de agora ser um hiper fascínio. Então passei a noite toda a olhar para o céu, por entre aquele ranhura que fizeste no tecto e chamas janela... tem um autocolante branco no meio, pequenino Esqueci-me de te dizer. É um sitio bonito, em algum momento recordo de gostar de viver ali, mas não posso afirmar, é apenas uma memória. Mas como é possível ter sido outra vida para mim e ser a mesma para ti... Olho-me de fora e sei que não sou aquele ser que conheceste, mas a ti, a ti, reconheço-te... Afinal, de onde é mesmo que nós nos conhecemos?

segunda-feira, outubro 22, 2012

decad(ência)

Aproxima-se mais uma década, década nova, o fim de uma década... Gasta, gasta, gasta como uma pedra requintada por onde passaram milhares de pés, Mas...o tempo, dá valor à pedra mais banal, bane o que não interessa e recorda Fossemos nós pedras para gravar as memórias de outros tempos ou melhor, o sentimento e não apenas a memória do sentimento. Lembrei-me do teu rosto, mesmo que inerte, grave, severo e frio sim, frio Quando os meu lábios te tocaram lembro-me da minha repulsa como se de um animal morto te tratasses Sob o olhar dele e quase por obrigação baixei-me para o último beijo Talvez a repulsa não fosse de ti mas da morte. Ela fintou-nos e nós caimos. Já não havia tempo para começar de novo. Aquele foi o nosso último beijo porque a verdade é que nunca nos depedimos, ficamos sempre à espera de amanhã e desse maldito futuro que tantos anos me levou.

quinta-feira, outubro 11, 2012

Não sou Cipriota?!

Não sou Cipriota: O Chripre está no meu coração; Não sou Cipriota: este sentimentos de saudade do que está para vir tomou conta de mim; Não sou Cipriota: o meu corpo e o meu coração diz-me - "somos todos o mesmo". Diz-me Mãe Terra, suplico-te, como posso ajudar como me liberto a mim e aos meus irmãos? É um grito de socorro num mundo de surdos e cegos... Amo em ti a beleza do horrível e em mim a paz interior de te aceitar.
Que Lindo dia de Regresso!! Beijo para ti