segunda-feira, outubro 22, 2012

decad(ência)

Aproxima-se mais uma década, década nova, o fim de uma década... Gasta, gasta, gasta como uma pedra requintada por onde passaram milhares de pés, Mas...o tempo, dá valor à pedra mais banal, bane o que não interessa e recorda Fossemos nós pedras para gravar as memórias de outros tempos ou melhor, o sentimento e não apenas a memória do sentimento. Lembrei-me do teu rosto, mesmo que inerte, grave, severo e frio sim, frio Quando os meu lábios te tocaram lembro-me da minha repulsa como se de um animal morto te tratasses Sob o olhar dele e quase por obrigação baixei-me para o último beijo Talvez a repulsa não fosse de ti mas da morte. Ela fintou-nos e nós caimos. Já não havia tempo para começar de novo. Aquele foi o nosso último beijo porque a verdade é que nunca nos depedimos, ficamos sempre à espera de amanhã e desse maldito futuro que tantos anos me levou.