segunda-feira, junho 29, 2009

às vezes...

...esta mão que me revolve as entranhas
às vezes, sinto os olhares de "estranhos" a ler o meu peito
a abanar o meu ser,
a puxar
a fazer gritar...

às vezes sinto quase que um desejo carnal por estes seres
mais do que um desejo quente
e puramente sexual
é a vontade de os penetrar,
total e exaustivamente,
de também lhes ler a alma

sussurar-lhes aos ouvidos
e perguntar:
"como me fazes estar?"
"porque é que o teu olhar me despe e liberta?!
"porque me atiça, faz vibrar..."

às vezes, sinto este amor puro,
este desejo incestuoso
e adormeço
com um sorriso no olhar,

acordo com o coração a trotar,
mais perto da boca do que do peito,
alimento-me da luz
e peço ao universo para me levar

como se mil orgasmos eclodissem
depois de brutalmente possuída...

quinta-feira, junho 25, 2009

às vezes...

...esta mão que me revolve as entranhas
às vezes, sinto os olhares de "estranhos" a ler o meu peito
a abanar o meu ser,
a puxar
a fazer gritar...

às vezes sinto quase que um desejo carnal por estes seres
mais do que um desejo quente
e puramente sexual
é a vontade de os penetrar,
total e exaustivamente,
de também lhes ler a alma

sussurrar-lhes aos ouvidos
e perguntar:
"como me fazes estar?"
"porque é que o teu olhar me despe e liberta?!
"porque me atiça, faz vibrar..."

às vezes, sinto este amor puro,
este desejo incestuoso
e adormeço
com um sorriso no olhar,

acordo com o coração a trotar,
mais perto da boca do que do peito,
alimento-me da luz
e peço ao universo para me levar

como se mil orgasmos eclodissem
depois de brutalmente possuída...

quinta-feira, junho 18, 2009

Poetas e poesias

Tinha barbas brancas, um sorriso largo e, talvez, um pouco tímido - talvez um certo receio de ser julgado. Seja como for, neste estado febril indefinido, recordo este homem de fortes contraste, em todos os sentidos: t-shirt preta,cabelos alvos; cheiro intenso, comerciante, homem do povo embrenhado e receoso das palvras que a sua mente obriga a escrever - "Secalhar hoje vou ler um poema, é de um anónimo".
Porte robusto, sábio nas palavras, experimentado na vida. Evidente que, que passados 2sg de conversa não foi difícil perceber que o anónimo era ele.
Envergonhado do seu poema, calou-nos a todos: "e porque a poesia para o ser tem de tocar todos os pontos da humanidade"; "não gosto de ler poesia, só gosto de uma poetisa, a Florbela".
Não me supreendeu. Surpresa foi me ter confessado, depois de umas palavras trocadas,uns poemas ouvidos, umas músicas intercaladas, "Não escrevo mais porque tenho medo! Tenho uma tendência para o suícidio, acho que temos todos, e isto mexe muito comigo, deixa-me fora de mim...".

Se este homem não é um poeta, porque não se acha, está enganado quando me disse que eu tenho algo a dizer...
Entre uma mesa negra, um candeeiro improvisada e uma parede alucinante com tons de encarnado...

domingo, junho 14, 2009

Sem palavras...


Um caminho

sábado, junho 13, 2009

Nublado

Entre o sol e a sombra se passam os dias
o calor ameno e a frescura outonal.

Confusos entre a hibernação,
o seu final,
ou o início da floração

Será tempo de chegar...
Entre o óasis e a floresta
Aqui, é onde não quero estar