"Viva Sanfins a minha aldeia (...)"
" Porque se não fosse Sanfins eu não sabia para onde me havia de virar!! Sanfins é a minha aldeia".- Dizia o jovem, com quem já tive pensamentos impuros, que escassas vezes vi por Sanfins, aldeia dos nossos pais...Indignava-me então tal cometário. Eu passara ali tantos meses, anos seguidos de vindimas e apanhas disto ou daquilo. festas onde se experimentavam drogas e se vivia 24h. Não me lembrava de o ter visto por ai!
Reforçava, com enfase: _" Porque se não fosse Sanfins virava-me para onde?!Para Lisboa..." - dizia com um ar irónico e já um pouco bebado.
O pai, que eu admirava, morreu-lhe hà uns meses...percebo, pena teres percebido tão tarde. Tentava então abraçar aquele que era meu, mas que o olhava com um ar de filho, preocupando-se constantemente em lhe manter o prato e o copo cheios. Parece que estamos destinados a ser filhos dos outros, não sei porque insisto.
Estava a nevar. Ele não tinha aparecido. O vinho não chegava e tinha pontos e menos um dente. Entreguei as "trabalhadeiras" e procurei a junvetude perdida no meio daqueles mais velhos que nunca me viram. Fui e fui e fui e entrei sem o medo ou a vergonha de antes naquele bar - onde sabia que todos saberiam que eu não era dali. O meu primo afastado acenou-me, sentei-me e converssamos como se os anos não tivessem passado.
Já posso dormir
Reforçava, com enfase: _" Porque se não fosse Sanfins virava-me para onde?!Para Lisboa..." - dizia com um ar irónico e já um pouco bebado.
O pai, que eu admirava, morreu-lhe hà uns meses...percebo, pena teres percebido tão tarde. Tentava então abraçar aquele que era meu, mas que o olhava com um ar de filho, preocupando-se constantemente em lhe manter o prato e o copo cheios. Parece que estamos destinados a ser filhos dos outros, não sei porque insisto.
Estava a nevar. Ele não tinha aparecido. O vinho não chegava e tinha pontos e menos um dente. Entreguei as "trabalhadeiras" e procurei a junvetude perdida no meio daqueles mais velhos que nunca me viram. Fui e fui e fui e entrei sem o medo ou a vergonha de antes naquele bar - onde sabia que todos saberiam que eu não era dali. O meu primo afastado acenou-me, sentei-me e converssamos como se os anos não tivessem passado.
Já posso dormir
2 Comments:
O te4xto é lindo! E parece o início de um argumento... Hum... ?!?!
(E agora repetindo aquilo que deixeino primeiro post deste blog inaugurado pela segunda vez:)
sabia que não resistias! ;) agora... pedires desculpa aqui à je... deixa lá, compreendo-te na mesma medida em que me conheço! E adoro-te! Miss you! (vê lá se tens a lata de avisar quando vieres cá, ouviste? Porca!)
mil beijinhos!
lol :) Só tu mesmo!
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