sexta-feira, dezembro 01, 2006

1/08/06 Quarteira

Sentada no banco, Florinda, chorava. A nuvem negra estava tão pesada... A Florinda chorava e com intenção intensiva.
"Ah!! Isso é mental menina. Ela tanto chora por alguém que morreu como por um passarinho." - Dizia o jovem de mangas cavas de um vermelho que apelava ao "benfiquismo".
Mas a dor de Florinda, mental ou não, era, para mim, solidária. Grande vontade de chorar e qual é a razão? Eles não sabem, nós não sabemos...
A viagem não mudara nada. A mesma vontade de não abrir os olhos, de não sorrir. Uma grande vontade de um grande nada, acompanhada de um grande vazio. Não está a mudar.



Que brancura deliciosa. Com tamanha lividez, pureza intacta, silenciosa...aberta a servir de depósito a estes "animaizinhos" atormentados.