sexta-feira, abril 02, 2010

P´la Estrada Fora

O Sol ainda aquecia um pouco a alma
A memória parecia não acreditar que aquela já tinha sido a minha planície

Abrimos a porta do carro
tudo era natureza,
tudo era paz e harmonia

cheirava a flor de laranjeira
e morangos maduros
penetrei pelas portas daquela casa
de branco caida
como se fosse um bocadinho minha

há lugares e pessoas que nos fazem sentir assim
eles não sabiam,
mas eu era um deles
ou eles eram dois de mim

Aguardamos o terceiro viajante
aparece, tarde, alto
loiro falso, óculos armani,
tinha uma t-shirt do bem,
que em tudo contradizia tudo o resto,

imaginei-o perdido no meio das matas
a curtir festas transe
a alucinar com martelinhos,
mas também e delirar com o nascer do sol por entre os pinheiros
criados em areia branca

o sol começava-se a por
e lá fomos nós,
mais uma vez,
p´la estrada fora

e é então que contra todas as expectativas
e sobretudo preconceitos,
pega num cd e -colados ao laranja do sol-
seguimos a ouvir ray charles, frank sinatra, nina simone

por momentos, fui capaz,
de novo

2 Comments:

Blogger António said...

Não falas… Não dizes nada… Não contas…
Já não gostas de mim, é?
Diz que já não gostas mim, jura,
Aqui à frente dos teus amiguinhos e amiguinhas
Por favor diz que já não gostas de mim.
Vi-te ao dobrar de uma esquina
Corri para te alcançar e quando cheguei perto
Já não eras tu.
Vi um filme e lá estavas tu a aparecer e desaparecer
Quando chegou o genérico, não eras tu, era a Ornela Mutti
Porquê esta tolice toda?
Porque é que me fazes correr se tu não és tu?

9:05 da tarde  
Blogger Vertigo said...

Sabes perfeitamente que simplesmente te adoooooooooooooooooooooorooooooooo!

Mas uma coisa é verdade eu, não sou eu e não sei se alguma vez o serei...

11:47 da tarde  

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